Você já ouviu falar em sinistralidade? Esse é um dos conceitos mais importantes para entender a saúde financeira de um plano de saúde. Em termos simples, sinistralidade é a relação entre o que o plano arrecada com as mensalidades e o que gasta com os atendimentos realizados aos beneficiários — como consultas, exames, internações, terapias e cirurgias.
Quando essa relação ultrapassa 100%, os custos assistenciais superaram a arrecadação — e isso leva a reajustes maiores para recompor o equilíbrio do plano e garantir a continuidade da assistência. Por isso, trabalha-se com metas abaixo de 100%; como referência no setor, são comuns patamares ao redor de 70% de sinistralidade, preservando margem para despesas administrativas e regulatórias, tributos e reservas técnicas necessárias ao funcionamento e à solvência do plano.
No caso da ANAFE Saúde, esse cuidado é ainda mais necessário. Por ser uma autogestão jovem, com menos de três anos de existência e cerca de 6.200 vidas, o plano ainda não tem volume suficiente para absorver variações de custo mais acentuadas — algo que operadoras de grande porte conseguem fazer com mais facilidade. Em realidades como a nossa, qualquer desvio fora da curva no uso dos serviços impacta diretamente a sustentabilidade do coletivo.
Em levantamentos recentes, temos comportamentos distintos: por exemplo, dependentes diretos têm mantido estabilidade de utilização, ao passo que agregados, muitos deles vindos de planos de mercado e inseridos em faixas de cobertura superiores às dos titulares, têm apresentado um uso maior, aumentando a sinistralidade de forma desproporcional, o que pode estar relacionado a demandas de saúde acumuladas.
Um aspecto essencial da autogestão é que os custos são compartilhados entre todos. Em outras palavras, o que um grupo utiliza a mais inevitavelmente se reflete no reajuste que todos ajudam a sustentar.
A sinistralidade é determinante para o equilíbrio financeiro de todos os planos; como integram o mesmo conjunto, um índice elevado em um produto impacta os demais.
Entender o que é a sinistralidade e como ela se comporta no nosso plano é um passo importante para fortalecer a consciência coletiva — e, mais do que isso, para preservar um modelo que existe justamente para cuidar, de forma solidária, da saúde de quem está ao nosso lado.
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